Com o resultado, a inflação de 2024 estourou o teto da meta. Em dezembro, os preços subiram, mais uma vez, puxados pela alimentação.

O IPCA, inflação oficial do Brasil, subiu 0,52% em dezembro, com alta de 4,83% em 2024, acima do teto da meta de 3%. O Conselho Monetário Nacional consideraria a meta cumprida entre 1,5% e 4,5%. O resultado de dezembro mostrou aceleração em relação a novembro (0,39%) e foi ligeiramente inferior ao de dezembro de 2023 (0,56%). A inflação do mês veio em linha com as expectativas do mercado financeiro.

Em dezembro, oito dos nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta, com destaque para Alimentação e Bebidas, que subiu 1,18% e teve o maior impacto no índice, de 0,25 ponto percentual. Esse foi o quarto aumento consecutivo dos alimentos, principalmente das carnes. A exceção foi o grupo Habitação, que registrou queda de 0,56%, impactando negativamente o índice em 0,08 p.p. 

Veja o resultado dos grupos do IPCA em dezembro:

  • Alimentação e bebidas: 1,18%;
  • Habitação: -0,56%;
  • Artigos de residência: 0,65%;
  • Vestuário: 1,14%;
  • Transportes: 0,67%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,38%;
  • Despesas pessoais: 0,62%;
  • Educação: 0,11%;
  • Comunicação: 0,37%.

MUDANÇA NA META

A meta de inflação para 2025 segue em 3%, com intervalo de 1,5% a 4,5%. A principal mudança é que o Banco Central (BC) passará a perseguir a meta de forma contínua, abandonando o ano-calendário. A meta será considerada descumprida se o IPCA ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, e o índice já está acima do teto desde outubro. 

Com a alta das expectativas de inflação, o BC aumentou a Selic para 12,25%, buscando reduzir a pressão sobre os preços, mas analistas preveem um aumento para 15% até o fim de 2025. Esse aperto pode desacelerar a economia, dificultando consumo e investimentos.

fonte: meio news

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