Veja! “Fofoqueiros” recebiam até R$ 2 mil por mês para interferir nas eleições

Na manhã desta quinta-feira (12/09), a Polícia Federal (PF) desarticulou um sofisticado esquema criminoso que se infiltrava em campanhas eleitorais em vários municípios do estado do Rio de Janeiro. A investigação revelou que a organização criminosa havia criado uma estratégia altamente lucrativa e bem organizada para manipular as eleições municipais. Parte dessa estratégia incluía a contratação de “fofoqueiros” para espalhar informações falsas sobre candidatos a prefeito.

Os indivíduos investigados na Operação Teatro Invisível, conhecidos como “fofoqueiros profissionais”, eram remunerados mensalmente para executar suas funções. Cada um recebia R$ 2 mil para circular por locais de grande movimento, como pontos de ônibus, padarias, filas de bancos, bares e mercados. O objetivo era disseminar informações enganosas sobre candidatos, influenciar a opinião pública e direcionar votos para o político que pagava pelo serviço.

Os coordenadores do esquema recebiam R$ 5 mil mensais. Frequentemente, esses líderes eram funcionários públicos que haviam sido exonerados de seus cargos durante o período eleitoral e substituídos por “laranjas” para evitar a detecção e manter a operação ativa. 

Embora o esquema estivesse centrado principalmente em São João de Meriti (RJ), a organização expandiu suas atividades para pelo menos outras 10 cidades do estado. “Essa expansão evidencia a capacidade da organização em manipular o processo eleitoral em uma escala mais ampla, afetando múltiplos municípios simultaneamente”, informou a PF. Na operação desta quinta-feira, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de bens dos investigados no valor de R$ 1 milhão para cada um. Os envolvidos enfrentam acusações de organização criminosa, desvio de funcionários públicos para atividades ilegais, uso de “laranjas”, lavagem de dinheiro, constrangimento ilegal de servidores e infrações relacionadas à disseminação de notícias falsas.

Fonte: Metrópoles

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