A suspeita, Lucélia Maria da Conceição Silva, 52 anos, vizinha das vítimas, foi presa horas depois e teve a prisão preventiva decretada. Perícia ainda é aguardada para determinar substância ingerida.
Menino de 7 anos morre em Teresina vítima de envenenamento — Foto: Reprodução
Na última sexta-feira (23), dois irmãos, de 7 e 8 anos, foram socorridos em estado grave com sintomas de envenenamento na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí. A suspeita, vizinha das vítimas, foi presa horas depois. João Miguel da Silva, de 7 anos, morreu na quarta (28), após cinco dias internado. O irmão, de 8 anos, segue internado no Hospital de Urgência de Teresina.
A suspeita do crime é Lucélia Maria da Conceição Silva, 52 anos, que foi presa em flagrante e dias depois teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Ela negou as acusações ao chegar à Central de Flagrantes. Revoltados com a situação, vizinhos incendiaram a casa da mulher.
João Miguel da Silva, 7 anos, e Ulisses Gabriel da Silva, 8 anos. Os dois eram irmãos e moravam com a mãe em uma residência no residencial Dom Rufino, na periferia de Parnaíba, litoral do Piauí.
Como foram envenenados?
A mãe dos irmãos relatou que, na sexta-feira (23), o filho mais velho chegou à casa da família com um saco de cajus, que teria sido oferecido pela vizinha Lucélia Maria da Conceição Silva, suspeita de envenenar as crianças.
“Ele foi comer os cajus com o irmão e os dois saíram para brincar. Quando o mais novo voltou, disse que estava tonto, se sentindo mole e me pediu para segurá-lo. Eu o segurei e ele estava roxo, com a língua preta, babando e vomitando o caju”, lembrou Francisca.
O filho caçula foi levado ao hospital e, pouco depois, o irmão mais velho também deu entrada com os mesmos sintomas, levado pelo tio das crianças. Francisca disse ainda que não tem qualquer relação com a vizinha suspeita do crime.
Quem é a suspeita?
Lucélia Maria da Conceição Silva, 52 anos, é vizinha das vítimas e, conforme a polícia, já tinha histórico de brigas com a vizinhança e episódios de envenenamento de animais no entorno da residência.
Ela foi presa e negou as acusações ao chegar à Central de Flagrantes (veja acima). Revoltados com a situação, vizinhos incendiaram a casa da mulher.
A suspeita continua presa?
Lucélia Maria da Conceição foi presa no dia do crime e teve a prisão preventiva decretada dois dias depois. Ela negou as acusações ao chegar à Central de Flagrantes.
O juiz Marcos Antonio Moura Mendes apontou que a materialidade do crime foi demonstrada e existem indícios de autoria, tais como:
- Veneno encontrado na residência da indiciada;
- Existência de cajueiro em frutificação no quintal da residência dela;
- Histórico de agressões a crianças, conforme relatos de vizinhos.
O que foi achado na casa dela?
Os policiais encontraram, debaixo de uma cômoda, invólucros de uma substância que seria estricnina, conhecida popularmente como “chumbinho”. A substância pode provocar desordem convulsiva, contrações musculares e falência respiratória. Contudo, o material continua sendo periciado.
A mulher alegou que utilizava a substância para matar ratos. O material e uma sacola com cajus foram apreendidos e levados para perícia no Instituto de Criminalística. A suspeita ficará presa na Penitenciária Mista da cidade.
O material, contudo, continua em análise pela perícia da Polícia Civil. Também está sendo analisando o material encontrado no estômago das crianças.
fonte: g1