Mulher chegou a atingir os olhos da vítima com um spray de pimenta antes de esfaqueá-la até a morte. Crime aconteceu, em janeiro de 2019, na cidade de União.
Faca usada por suspeita de assassinar esposa do amante em União — Foto: Divulgação/PCPI
A costureira Samila Alves Andrade, de 30 anos, foi condenada a 19 anos e 3 meses de prisão por assassinar a facadas Domingas Maria Lázaro da Silva, esposa de seu amante. O crime aconteceu em janeiro de 2019, na cidade de União, a 65 km de Teresina.
Na decisão assinada pelo juiz José Eduardo Couto de Oliveira, do Tribunal Popular do Júri, o crime cometido por Samila foi classificado como homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima – já que Domingas foi atingida nos olhos com um spray de pimenta antes de morrer.
Os autos da denúncia oferecida pelo Ministério Público do Piauí (MPPI) relatam que a autora do crime foi até a casa de Domingas e a chamou para conversar na frente da residência. Pouco tempo depois, houve uma discussão acirrada que se transformou em uma luta corporal.
“[Neste] momento, a denunciada pegou um spray de pimenta e arremessou o líquido nos olhos da vítima, no intuito de dificultar sua defesa e, em ato contínuo, desferiu vários golpes de faca, ocasionando a sua morte”, diz um trecho da denúncia.
O exame de corpo de delito apontou dez perfurações, feitas por uma faca de cozinha, nas regiões do braço, seios, tórax e lombar.
Samila foi presa em flagrante e confessou o crime. Ela disse para a polícia que recebia ameaças da esposa de seu amante, que teria descoberto a traição e exigido o fim do relacionamento extraconjugal.
Após a condenação, Samila irá cumprir a reclusão em regime inicialmente fechado, na Casa de Custódia de Teresina, sem substituição da pena por muito acima do limite permitido.
“Cansou de receber ameaças”, diz delegado
Splay de pimenta foi encontrado após o assassinato de Domingas Maria — Foto: Divulgação/PCPI
Domingas Maria foi morta a facadas em 8 de janeiro de 2019, na Vila Nova Conquista, em União. Segundo o delegado Ricardo Moura, que investigou o caso, ela e Samila Alves se relacionavam com o mesmo homem, o qual era casado com a vítima.
A mulher condenada pela Justiça relatou que passou a ser ameaçada depois que a então esposa descobriu a traição do marido. Ela foi cobrar explicações armada com uma faca e, ao chegar à casa da vítima, houve uma discussão. Samila pegou a faca e começou a esfaqueá-la.
“Ela disse que a esposa vivia fazendo ameaças, querendo que ela terminasse o relacionamento, e que cansou desta situação, tanto que foi cobrar da esposa a tranquilidade almejada, mas ela foi conversar de forma mal intencionada, porque foi armada”, afirmou o delegado.
A vítima faleceu na porta de casa, sem poder ser socorrida a tempo. Ela deixou um filho de três anos, na época do crime. A amante fugiu do local, mas foi presa horas depois pela Polícia Militar.
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